O sucesso de
público da partida contra o Coritiba, no último sábado, e o continuado impasse
na relação com o Consórcio Maracanã levaram o Flamengo a estender a parceria
com o governo do Distrito Federal para mandar mais jogos no estádio Mané
Garrincha, em Brasília, para o qual o clube carioca levou quase 60 mil
torcedores contra os paranaenses.
Na capital
federal, o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, anunciou um
acerto verbal com o governador Agnelo Queiroz para fazer seis jogos na praça
recém-reformada para a Copa do Mundo de 2014. "Pelo menos seis jogos
queremos trazer. Essa programação é flexível e pode ser maior. O Flamengo está
feliz, à vontade e acolhido pela torcida em Brasília", disse De Mello.
Na partida
contra o Coritiba, o Flamengo produziu uma renda de quase R$ 3 milhões; ficou
com R$ 1,3 milhão depois dos pagamentos do aluguel e outras taxas. O que deixa
os dirigentes da Gávea confiantes de que podem fazer jogo duro com o consórcio
que administra o Maracanã pelo tempo que for necessário.
Como o edital
de licitação obriga as empresas a assinarem um contrato de longa duração com
dois clubes grandes do Rio de Janeiro (o Vasco tem São Januário e o Botafogo
conta com o Engenhão para 2015), os flamenguistas têm esse ponto a favor.
O consórcio,
por sua vez, se mantém irredutível na oferta de um contrato desfavorável ao
clube rubro-negro e ao Fluminense na expectativa de que o desgaste das viagens
constantes e uma possível má campanha fora do Rio de Janeiro leve os clubes a
ceder em alguns pontos.
A principal
questão está na divisão das rendas das partidas e não apenas com os ingressos.
No acordo de tricolores e rubro-negros com o Botafogo pelo Engenhão, os
mandantes tinham participação em toda a carga de ingressos, nos
estacionamentos, nos itens de alimentação e na publicidade estática e do telão.
O Consórcio Maracanã não quer dividir mais do que a receita de 43 mil assentos,
dos mais baratos, atrás dos gols.
"Não
podemos anunciar ainda um acordo, as duas partes estão em busca de um contrato
que seja bom para ambos. Não dá para marcar quando o Flamengo volta ao
Maracanã, mas esperamos resolver isso rapidamente", disse Eduardo Bandeira
De Mello.
Uma comissão
de dirigentes, auxiliada por técnicos da Fundação Getúlio Vargas, está há meses
em uma troca de propostas com as empresas que controlarão o Maracanã pelos
próximos 35 anos. A meta rubro-negra é assinar um contrato que permita ao clube
começar a gerar, em um prazo máximo de três anos, algo em torno de R$ 70
milhões anuais com o uso do reformado estádio carioca.
Se não há
prazo para a volta do time ao Rio de Janeiro, para atuar diante de sua torcida
habitual, o Flamengo mudou a sua programação e remarcou o jogo da volta contra
o ASA, pela Copa do Brasil, para Volta Redonda (RJ), no próximo dia 17. A
primeira partida da terceira fase será nesta quarta, às 21h50, em Arapiraca
(AL).
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