Não
convencido sobre o melhor parceiro de ataque para Neymar, e disposto a
confundir os adversários, Muricy Ramalho assume: apela à versatilidade do
camisa 11 do Santos para obter bons resultados.
"Precisamos
achar alguém na frente. Uma hora colocamos um e outra hora outro. Mas a gente
acha", disse o técnico. "Quando você põe o Neymar aberto, tem um na
marcação individual e outro na sobra. Por isso o Pato pelo lado. Temos que
deixá-lo livre para criar", explicou.
Muricy já
testou André, Miralles, Giva e Pato Rodriguez no setor ofensivo este ano. Mas
no momento do aperto, sabe que o atacante que serve à seleção brasileira é o
único capaz de desequilibrar um jogo.
Eu estou
ajudando o time", insiste em afirmar Neymar, quando colocado como um falso
centroavante. O atacante marcou o segundo gol da equipe na vitória sobre o
Flamengo-PI por 2 a 0, pela Copa do Brasil.
A dependência
de Neymar, apesar da série de 12 jogos invictos --dez pelo Campeonato Paulista
e dois pela Copa do Brasil--, prossegue em função do baixo rendimento de outros
pilares da equipe, como Montillo, e da ausência de Marcos Assunção, com uma
amigdalite.
A ideia do
técnico é ter o argentino como um antigo ponta de lança, capaz de concluir ao
gol. Mas ele não se soltou no Santos. Já o volante, que poderia ser o desafogo
nos lances de bola parada, ainda não conseguiu se firmar como titular.
O técnico
Muricy Ramalho, que voltou a comandar o time após uma diverticulite (inflamação
no intestino grosso), sinalizou com a possibilidade de aposentadoria a curto
prazo.
"Fiquei
abatido, porque o que tive foi um pouco sério. Eu fiquei quase um dia e meio
sem alimentação e água. Foi terrível. Fico um dia na minha casa, e seis aqui.
Então você repensa a carreira e com certeza vou ter de abreviar", comentou
o técnico, que tem contrato com o Santos até o final do ano.
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