quinta-feira, 2 de maio de 2013

Fifa sem critério para escolher melhores e piores



É a alternância de hegemonia entre as escolas com melhor desempenho que deve fazer do futebol esse esporte vibrante e que entusiasma. Até outro dia, os espanhóis eram os donos da bola e das camisas – como se costuma dizer nas peladas. Bastou uma semana (a passada) e dois jogos – Borussia Dortmund x Real Madrid e Bayern x Barcelona – para que os ventos passassem a soprar a favor dos alemães, finalistas que são da Liga dos Campeões graças às goleadas que imprimiram nos jogos de ida contra os times da Espanha.
Pelo ranking da Fifa, entre as seleções nacionais, a Espanha ainda mantém seu prestígio e a primeira posição, com 1.538 pontos. Em segundo, os alemães aparecem com 1.428. A Argentina vem em terceiro, a Croácia em quarto e Portugal em quinto. Quem perguntar pelo Brasil se surpreenderá com a 19ª posição e apenas 909 pontos somados – atrás de seleções sem tradição ou títulos mundiais como o Equador (10º), Costa do Marfim (12º) ou mesmo a Bélgica (16º).
Difícil entender os critérios da Fifa para não considerar títulos mundiais para classificar seleções e somente seus resultados no último ano. Mas a Fifa não anda bem no ranking do critério, basta conferir os recentes episódios envolvendo seu ex-presidente João Havelange e o ex-genro dele, Ricardo Teixeira. Apesar disso, a entidade somou – ao longo de sua história – um grande poder de aglutinação internacional. A Fifa cresceu para além de seu próprio controle e soma 209 países membros, enquanto a ONU tem menos: 193.
Sobre o escândalo envolvendo os executivos brasileiros, o presidente da entidade, Joseph Blatter, declarou: “Não tenho dúvidas de que a FIFA, graças ao processo de reforma da governança que propus, agora tem os mecanismos e meios para assegurar que tal questão - que tem causado prejuízos incalculáveis ​​para a reputação de nossa instituição - não aconteça novamente".
A velha instituição dos senhores que nunca jogaram uma pelada – como Blatter, Havelange e Teixeira – tenta se realinhar como uma federação séria e criteriosa. Que recoloque a seleção brasileira – e os brasileiros envolvidos com propina - no lugar que bem merecem.

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