É a
alternância de hegemonia entre as escolas com melhor desempenho que deve fazer
do futebol esse esporte vibrante e que entusiasma. Até outro dia, os espanhóis
eram os donos da bola e das camisas – como se costuma dizer nas peladas. Bastou
uma semana (a passada) e dois jogos – Borussia Dortmund x Real Madrid e Bayern
x Barcelona – para que os ventos passassem a soprar a favor dos alemães,
finalistas que são da Liga dos Campeões graças às goleadas que imprimiram nos
jogos de ida contra os times da Espanha.
Pelo ranking
da Fifa, entre as seleções nacionais, a Espanha ainda mantém seu prestígio e a
primeira posição, com 1.538 pontos. Em segundo, os alemães aparecem com 1.428.
A Argentina vem em terceiro, a Croácia em quarto e Portugal em quinto. Quem
perguntar pelo Brasil se surpreenderá com a 19ª posição e apenas 909 pontos
somados – atrás de seleções sem tradição ou títulos mundiais como o Equador
(10º), Costa do Marfim (12º) ou mesmo a Bélgica (16º).
Difícil
entender os critérios da Fifa para não considerar títulos mundiais para
classificar seleções e somente seus resultados no último ano. Mas a Fifa não
anda bem no ranking do critério, basta conferir os recentes episódios envolvendo
seu ex-presidente João Havelange e o ex-genro dele, Ricardo Teixeira. Apesar
disso, a entidade somou – ao longo de sua história – um grande poder de
aglutinação internacional. A Fifa cresceu para além de seu próprio controle e
soma 209 países membros, enquanto a ONU tem menos: 193.
Sobre o
escândalo envolvendo os executivos brasileiros, o presidente da entidade,
Joseph Blatter, declarou: “Não tenho dúvidas de que a FIFA, graças ao processo
de reforma da governança que propus, agora tem os mecanismos e meios para
assegurar que tal questão - que tem causado prejuízos incalculáveis para a reputação de nossa instituição
- não aconteça novamente".
A velha
instituição dos senhores que nunca jogaram uma pelada – como Blatter, Havelange
e Teixeira – tenta se realinhar como uma federação séria e criteriosa. Que
recoloque a seleção brasileira – e os brasileiros envolvidos com propina - no
lugar que bem merecem.
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