quarta-feira, 15 de maio de 2013

Kaká e Ronaldinho não fazem parte da família Scolari



Quem prestou atenção no discurso muito bem elaborado por Luiz Felipe Scolari, momentos antes da convocação feita ontem, já poderia antecipar – mesmo que por poucos segundos - a exclusão de Ronaldinho da lista dos que vão disputar a Copa das Confederações daqui a exatos 31 dias.

Dizia Felipão: “Neste momento não somos um clube, não defendemos um estado, somos o Brasil. Independente de quem torce para A ou para B, que possamos trabalhar juntos pelo Brasil e pela seleção”. Caía como uma luva para o gaúcho que esqueceu de jogar bola em sua passagem pelo Rio de Janeiro e hoje é grande estrela nas Minas Gerais.

Nem Ronaldinho Gaúcho, nem Kaká. Scolari deixou os dois campeões mundiais de 2002 de fora. Isso sinaliza que, se permanecer como treinador, os dois estão praticamente fora da Copa do Mundo de 2014 – independente do tamanho da bola que estiverem jogando nos próximos meses.

O técnico talvez tema que Kaká apresente a irregularidade dos últimos tempos, por conta de uma reserva forçada por seu desafeto, o treinador José Mourinho. Em relação a Ronaldinho, o motivo pode ser outro: a estrela brilhante do craque ofuscaria o projeto do técnico de montar uma nova “família” sem privilegiar o individualismo - e priorizando o grupo. Além do mais, deve ser mais fácil puxar as orelhas de Neymar do que mexer no ego do campeão mineiro.

Questionado sobre a ausência da lista, Luiz Felipe foi categórico: “Acredito que, mesmo que eu levasse o jogador que o jornal quer ou que a televisão quer, iria ter pressão”.

Mas será que ele, algum dia, cedeu a pressões desse tipo?

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