O trauma da
altitude não esteve presente, mas o Fluminense voltou a encontrar a derrota em
nova passagem pelo Equador. Depois da LDU, de Quito, o Emelec deu um passo à
frente para se tornar carrasco dos brasileiros na Libertadores. Na noite desta
quinta-feira, no estádio George Capwell, em Guayaquil, os donos da casa
venceram por 2 a 1, com um gol contra de Leandro Euzébio e um pênalti polêmico
marcado pelo árbitro colombiano Wilmar Roldán. Mas o gol de Wagner, à la Thiago
Neves contra o Volta Redonda, dá esperança ao Tricolor para a partida de volta,
na próxima quarta-feira, no Rio de Janeiro.
A altitude
não estava presente desta vez, mas esqueceram de avisar para os jogadores do
Fluminense. Ao soar do apito, os tricolores só correram atrás dos equatorianos
e não viram a cor da bola. Foram dez minutos de pressão do Emelec, com direito
a bola no travessão e tudo do perigoso meia argentino Mondaini, ex-Boca
Juniors, da Argentina. O Flu sequer conseguia passar do meio de campo. Mas a
sorte acabou ajudando. Numa defesa difícil, Cavalieri se chocou com a trave e
acabou soltando a rede lateral. A pausa para ajeitar o gol era tudo que os
brasileiros queriam. Esfriada a pressão, o Tricolor conseguiu subir ao ataque
pela primeira vez aos 11 minutos. Podia mais. Abel inverteu Rhayner com
Wellington Nem, e o Flu cresceu.
Em cobrança
de falta aos 23 minutos, com a ajuda da barreira amiga dos companheiros, Wagner
quase surpreendeu Dreer. Mas o goleiro defendeu no susto, e a bola ainda foi na
trave. O Tricolor só não contava com o fogo amigo. O jovem lateral Vera, de 17
anos, cruzou na área, e Leandro Euzébio falhou ao tentar o corte e marcou
contra, aos 32. Do outro lado, o Fluminense quase empatou também numa falha, só
que de Narváez. O inseguro zagueiro cortou mal um cruzamento, Nem pegou a sobra
e soltou a bomba no meio do gol, facilitando a vida de Dreer. Thiago Neves foi
para o aquecimento, mas nem precisou entrar. No campo, Wagner fez às vezes do
camisa 10: num chutaço no ângulo, fez um golaço que lembrou o do meia contra o
Volta Redonda, no último domingo. Jogo empatado aos 43. Nervoso, Abel sequer
comemorou.
O gol no fim
do primeiro tempo elevou a moral do Flu, que voltou ligado para a etapa final e
inverteu as situações. O Emelec é quem passou a correr atrás da bola.
Insatisfeito, o técnico Gustavo Quinteros não titubeou ao ter que substituir
Giménez, que sentiu um problema muscular, e colocar o time para frente. O
atacante Caicedo entrou para fazer dupla com De Jesus. Mas um perde e ganha de
bola no meio de campo deixou as chances de gol escassas dos dois lados. Abel
também resolveu mudar: trocou um participativo - mas pouco efetivo - Rhayner
por Thiago Neves, e um discreto Wagner no segundo tempo por Felipe. O meia
voltou a jogar na cidade onde foi campeão da Libertadores em 1998, pelo Vasco,
contra o Barcelona local. Mas o retorno foi sem glamour.
Mondaini que
continuou o mais perigoso em campo, e só não virou herói porque Cavalieri não
deixou. O jogo virou xadrez e perdeu muito em emoção com as constantes trocas
de peças. O Fluminense mexeu mais uma vez, com Samuel na vaga de Wellington
Nem, e o Emelec, mais duas vezes: repôs o ataque - Angulo no lugar de De Jesus
- e o meio de campo - Gaibor substituiu Corozo. De todos, Gaibor foi quem mudou
o placar num pênalti polêmico marcado pelo árbitro colombiano de Carlinhos. O
meia cobrou no cantinho de Cavalieri e deu a vitória ao Emelec.
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